segunda-feira, 13 de abril de 2009

'Assisto em silêncio, até o que eu não quero enxergar"

>Hoje eu vim falar de sentimentos, como eles podem se misturar e nos deixar completamente sem saber o que fazer, o que falar...E hoje eu vim falar dos meus, que estão perdidos, confusos e atados...
Sinto em dizer que hoje serei egoísta e vim falar de mim, da proporção que as coisas tomaram, uma simples brincadeira, dessa ciranda cirandinha que se tornou a minha vida, ou do poema "quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade... É Drummond, você me entende...
Eu não sei mais o que sentir, não sei se sinto alguma coisa, ou se não to sentido nada, to confusa e transtornada, antes eu tinha uma certeza que hoje em dia cadê ela?
A vida não mudou, eu sim mudei, e mudei tão radicalmente que nem consigo me achar, me procuro em fotos, cartas, mensagens e tento me respaldar em qualquer coisa que esteja fazendo sentido, mas nada parece fazer sentido pra mim agora.
Fechei meus olhos, fechei a porta e fui embora, não olhei pra trás, não disse tchau, e nem quis ver o que eu havia deixado lá trás, sozinho, sentadinho no canto e chorando por mim, me chamando...
Pará... eu não quero ouvir a sua voz, ou as coisas que você "supostamente" tem a me dizer, essas coisas pra mim não fazem sentido agora, porque tem alguém do outro lado da rua que me espera, encostado na parede e com um sorriso por estar feliz em me ver, e eu to ali, no meio termo, eu sou o meio termo, tenho o poder de voltar atrás e abrir a porta te dar a mão e te levar comigo, ou atravessar a rua e sorrir também, abraçar e não ter mais fim, ou sendo talvez até meio radical, posso continuar no meio termo e seguir mais em frente onde estão minhas amigas arrumadas e me esperando pra sair, beber, conversar, dançar até dizer chega, e conhecer muitas outras pessoas, e ter milhões de momentos perfeitos.
Mas e amanhã? a hora em que eu acordar de tudo isso e perceber que é tudo tão vazio, tão singular...
Eu sinceramente não sei que nó louco é esse que a minha vida deu, dividida entre costume e sentimento novo.
Um me conforta, me acalma, nunca me deixa sozinha e tenho a certeza de um amor maduro, que o tempo moldou e formatou do jeito que tem que ser, mas, nem tudo sempre é bom, e ai, vem as brigas, os momentos em que eu tinha vontade de sumir, as mentiras, e ainda, algo que eu vejo que não vai sair daquilo ali... É sempre tão igual, todo dia é igual. Ai eu conheço alguém que é diferente e me faz ser diferente todos os dias, me mostra um mundo novo e me convida a participar dele, tenta puxar minha mão e eu recuo... Porque meu Deus?
Era pra eu segurar firme na mão dele e ir embora, mas algo puxa meu pé, e me tira o tapete, ai eu caio... e volto pra trás, é difícil dizer adeus a uma pessoa que sempre diz sim a você, aos momentos, as fotos, o que eu faço com tudo isso? coloco na minha caixinha de lembranças? é isso mesmo, se tornou uma lembrança?
Mas as lembranças também incomodam muito, até mais do que o presente, porque as lembranças são eternas, te acompanham pra sempre... e o presente se não solidificado ele é esquecido...
Eu nunca pensei estar aqui escrevendo esse tipo de assunto, por vários motivos que não preciso mencionar, mas o fato é...
O que vai ser de mim daqui pra frente? o que vai ser de nós, do que ficou?
seremos lembranças? seremos passado? seremos MAIS UMA pessoa que entra na nossa vida e some? seremos musicas, fotos, mensagens e conversas de msn?
Mas não dá mais pra enganar o tempo, e fingir que tudo está como sempre foi, porque não está... Muita coisa mudou, muita coisa evoluiu, e infelizmente você não evoluiu comigo, o que é uma pena, porque não tenho duvidas que eu seria capaz de te amar pra sempre...Mas, espero que você siga seu caminho e eu o meu, e se tivermos que passar em uma rua paralela passaremos, mas hoje em dia, tenho outros sonhos, outros planos, e é uma pena que neles você não esteja mais incluso...
Estou indo em direção ao meu futuro e pretendo que você faça o mesmo...

(...)He walks away,
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way,
In this blue shade
My tears dry on their own.(...)

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